quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Música Mediúnica

A música, nós o sabemos, representa grande papel na inspiração profética e religiosa. Ela dá o ritmo à emissão fluídica e facilita a ação dos espíritos elevados.”
Léon Denis

A Manifestação musical do Homem é sua demonstração de transcendência. Presente em todos os povos, após o trabalho, o descanso, as ativiadades necessárias, é na arte musical que os espíritos humanos encontram afinidade e celebram comunhão sensível
Os concertos mediúnicos de Harpa trazem à esfera da percepção física execuções musicais de espíritos desencarnados que guardando afinidade com a arte da música, e em missão no planeta usam a mediunidade para transpassar os limites da morte física e tocar os corações com suas melodias.


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Leia texto impressionante sobre música trancedental nos momentos de desencarne de Goethe, de Occult Review, Ernesto Bozzano::


A 22 de março de 1832, às 10 horas da noite, duas horas antes do falecimento de Wolfgang Goethe, um carro parou diante da morada do grande poeta; uma senhora desceu e apressou-se a entrar na casa, perguntando com voz trêmula ao criado:
–Ele ainda está vivo?
Era a condensa V., admiradora entusiasta do poeta e sempre e sempre por ele recebida com prazer, por causa da reconfortante vivacidade de sua palestra.
Ao subir a escada, parou ela de repente e pôs-se a escutar; depois perguntou ao criado:
– Como? Música nesta casa? Meu Deus! Como se pode fazer músicas num dia destes!
O criado também escutava, porém, ficou pálido, trêmulo e nada respondeu.
Entretanto, a condessa atravessava o salão e entrava no escritório, onde só ela tinha o privilégio de penetrar.
Frau Von Goethe, cunhada do poeta, foi ao seu encontro; abraçaram-se em lágrimas. Em seguida a condessa perguntou:
– Dize-me Otília; quando eu subia a escada, ouvi músicas nesta casa; por quê? Estarei enganada?
– Também tu a ouviste? – responder Frau Von Goethe. – É inexplicável!  Desde a aurora de hoje que ressoa, de quando em quando, misteriosa música, insinuando-se em nossos ouvidos, em nossos ouvidos, em nossos corações, em nossos nervos.
Justamente nessa ocasião ouviu-se do alto, como se viessem de um mundo superior, acordes musicais suaves, prolongados, que enfraqueceram pouco a pouco até extinguirem-se. Simultaneamente, João o fiel criado de quarto, saía da câmara do moribundo, tomando de viva emoção, e perguntava com ansiedade:
– Ouviu senhora? Desta vez a música vinha jardim e ressoava até a altura da janela.
– Não – replicou a condessa – ela vinha do salão ao lado.
Abriram as vidraças e olharam para o jardim. Uma brisa leve e silenciosa soprava através dos ramos nus das árvores; ouvia-se ao longe o ruído de um carro que passava na estrada; nada, porém, se descobria que pudesse revelar a origem da música misteriosa. Entraram, então, as duas amigas, no salão donde supunha provir a música; mas ai também nada encontraram de anormal.
Enquanto estavam ainda ocupadas em suas pesquisas, fez-se sentir uma série de acordes maravilhosos; desta vez pareciam vir do gabinete.
A condessa, entrando no salão, disse:
– Creio não me enganar: é um quarteto tocado a distância e de que nos chegam fragmentos de vez em quando.
Mas Frau Von Goethe observou por seu turno:
– Parece-me, ao contrário, ouvir o som próximo e claro de piano. Disso me convenci essa manhã, a ponto de mandar o criado a casa dos vizinhos, pedindo-lhes que não tocassem piano, em respeito ao agonizante; todos porém, responderam do mesmo modo: que bem sabiam qual o estado do poeta e que, muito consternados não pensariam em perturbar-lhes a agonia, tocando piano.
De repente, a música misteriosa ressoou ainda , delicada e doce; desta vez dir-se-ia nascer do próprio aposento; somente, para um, parecia ser o som de um órgão, para os outros, um canto coral e, para o terceiro, enfim, as notas de um piano.
Rath S., que neste momento assinava o boletim médico com o Dr. B., olhou com surpresa para o amigo, perguntando-lhe:
__É um concerto que se toca?
Parece –respondeu o doutor – talvez alguém na vizinhança pense em divertir-se.
– Não é – replicou Rath S. – quem toca está, sem dúvidas nesta casa.
E a musica misteriosa continuou a fazer-se ouvir, até o momento em que Wolfgang Goethe exalou o último suspiro.
Algumas vezes ressoava com longos intervalos, outras, depois de muito curtas interrupções, ora numa direção, ora noutra, mas parecendo vir sempre da própria casa ou de muito perto.
Todas as buscas e inquéritos procedidos para aclarar o mistério foram sem resultado.

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