sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Ética espírita, entrada franca sempre!... Por que não?

Ética espírita, entrada franca sempre!... Por que não? 
Por Jorge Hessen 


Após proferir palestra no Centro Espírita, cujo tema nos induziu a afirmar para o público sobre o delírio da cobrança de taxas para entrada no congresso “espírita”, programado pelo órgão federativo local, um amigo sugeriu-nos a leitura do “Projeto de Interiorização”- Espiritismo para os simples. (1) Procuramos conhecer o projeto, lemos e apreciamos bastante as diretrizes e planos ali consignados. O confrade também indicou-nos o artigo “União com fidelidade, simplicidade e fraternidade” do admirável Antonio César Perri de Carvalho, Diretor da FEB. Encontramos o artigo na Revista Reformador; analisamos o texto e ficamos entusiasmados com os dizeres do representante da Comissão Executiva do Conselho Espírita Internacional. O excelente artigo, dentre outras reflexões audaciosas, inspira-nos para o imperativo da “unidade do espírito pelo vínculo da paz”. (2)César Perri ilustra o tema afirmando que “entre os desafios atuais para a união dos espíritas (...)há necessidade de revisão de algumas estratégias e posturas, para se ampliar a difusão do Espiritismo em todas as faixas etárias e sociais. (...) entendemos que o acolhimento dos simples [espíritas desempregados, iletrados, pobres] no ambiente das reuniões espíritas é tarefa de primordial importância nos tempo em que vivemos.”(3)Para o Diretor da FEB “a realização de eventos federativos e de divulgação devem ter como parâmetros o que é simples e viável para a maioria das instituições e dos espíritas.” (4)(grifei)O tema é recorrente e crônico. É flagrante a marginalização de confrades valorosos que, devido à impossibilidade de arcar com os escorchantes preços dos eventos espíritas, ficam e continuarão a ficar excluídos dos congressos espíritas, como os que têm sido realizados ultimamente por diversas federativas estaduais e mesmo pela Casa Mater. Após 36 anos escrevendo para imprensa espírita e alertando sobre a discrepância dos eventos pagos, confessamos que o Perri pacificou-nos o ânimo com as suas judiciosas e lúcidas palavras. E, mais, advindo de um confrade de envergadura moral irrepreensível como é o caso do Perri, acreditamos que o Movimento Espírita brasileiro mudará de rota no Brasil e no Mundo.
À guisa de sugestão , considerando a viabilidade de participação nos eventos doutrinários da maioria das instituições e dos espíritas, propomos aos abastados seguidores de Kardec abrirem mão do excesso da conta bancária e colaborem mais frequentemente com o Movimento Espírita. Poderiam bancar vários eventos doutrinários sem consentir que espíritas simples fossem excluídos dos congressos, seminários e encontros. Portanto, sem ferir a ótica e a ética espíritas, saberiam utilizar com inteligência os recursos que Deus concede, fugiriam da avareza, seriam pródigos no amor, conscientizar-se-iam da imensa responsabilidade social e colaborariam para fazer do Espiritismo o mais importante núcleo de debates espirituais da Terra...
Modelo de mecenas (5) não falta! “O empresário carioca Frederico Figner, proprietário da Casa Edison e introdutor do fonógrafo no Brasil, era um deles. Tão rico quanto espírita, ele trocou cartas com Chico Xavier 17 anos seguidos. E o ajudou muito. Sem suas doações, o datilógrafo da Fazenda Modelo não conseguiria atender tanta gente. A cada mês, o filho de João Cândido gastava o correspondente a três vezes o seu salário só com assistência social. Para Chico, os ricos deveriam ser considerados “administradores dos bens de Deus”. Ao longo de sua vida, ele ajudaria muitos milionários “benfeitores” a canalizar os “tesouros divinos” para a caridade.”(6)
O editorial da revista "O Espírita", de jan/mar-93 registra que "a fé começa nos lábios, obrigatoriamente passa pelo bolso, para se instalar no coração".(7) Sabemos que a divulgação doutrinária é urgente mas não apressada. Portando, não identificamos necessidade nenhuma para o afoitamento e desespero das federativas promoverem improfícuos festivais de congressos, seminários e simpósios onerosos. Jamais esqueçamos que “é indispensável manter o Espiritismo, qual foi entregue pelos Mensageiros Divinos a Allan Kardec: sem compromissos políticos, sem profissionalismo religioso, sem personalismos deprimentes, sem pruridos de conquista a poderes terrestres transitórios.” (8)
Os congressos espíritas são importantes para a vitalidade do movimento espírita, para a permuta de experiências e o congraçamento entre pessoas. Mas, francamente! O frenesi para realização de congressões espíritas dispendiosos têm revigorado o status, o personalismo e a vaidade de muitos líderes incautos. Jesus nos ensinou a condenar o erro, preservando a quem erra. Mas, até mesmo Ele, que era um exemplo de brandura, atuou com austeridade, com muito rigor, aliás, quando a expelir os vendilhões do Templo.
Não condenamos e nem poderíamos desaprovar os Congressos, Simpósios, Seminários, encontros necessários à divulgação e à troca de experiências, mas, a Doutrina Espírita não pode ficar cerrada nos Centros de Convenções suntuosos, não se pode enclausurar Espiritismo nos excludentes anfiteatros acadêmicos e nem aprisioná-lo em grupos fechados. À semelhança do Movimento Cristão, dos tempos apostólicos, A Doutrina dos Espíritos também pertence aos Centros Espíritas simples, localizados nos bolsões de desventura, nos assentamentos, nas favelas, nos bairros miseráveis, nas periferias urbanas esquecidas; e não nos venham com a eloqüência oca de que estamos sugerindo um tipo de “elitismo às avessas”. O que fortalece nossas assertivas são os muitos Centros Espíritas simples e pobres, todavia bem dirigidos em vários municípios do País. Por causa desses Núcleos Espíritas e médiuns humildes, o Espiritismo haverá de se manter simples e coerente, no Brasil e, quiçá, no Mundo, conforme os Benfeitores do Senhor o entregaram a Allan Kardec.
E por falar no mestre lionês, precisamos de “Allan Kardec nos estudos, nas cogitações, nas atividades, nas obras, a fim de que à nossa fé não se faça hipnose, pela qual o domínio da sombra se estabelece sobre as mentes mais fracas, acorrentando-as a séculos de ilusão e sofrimento. Seja Allan Kardec, não apenas crido ou sentido, apregoado ou manifestado, à nossa bandeira, mas suficientemente vivido, sofrido, chorado e realizado em nossas próprias vidas. Sem essa base é difícil forjar o caráter espírita-cristão que o mundo conturbado espera de nós pela unificação.” (9)


Referências:
(1) disponível em: http://www.febnet.org.br/ba/file/CFN/Projeto_interiorização.pdf(2) Xavier, Francisco C. Fonte Viva, ditado pelo espírito Emmanuel, Rio de Janeiro: FEB, 2010. Cap. 49, pg.116
(3) Carvalho, Antonio C. Perri. Artigo “União com fidelidade, simplicidade e fraternidade” publica do em Reformador, abril, ano 2011 pags. 29,30 e 31
(4) idem
(5) O termo mecenas, nos países de línguas neolatinas, indica uma pessoa dotada de poder ou dinheiro que fomenta concretamente a produção de certos literatos e artistas. Num sentido mais amplo, fala-se de mecenato para designar o incentivo financeiro de atividades culturais, como exposições de arte, feiras de livros, peças de teatro, produções cinematográficas, restauro de obras de arte e monumentos.
(6) Maior, Marcel S. As vidas de Chico Xavier, São Paulo: Editora Planeta, 2003
(7) Editorial da revista "O Espírita" de Brasília edição de jan/mar-93
(8) Bezerra de Menezes, trechos da mensagem “Unificação”, Psic. F. C. Xavier – Reformador, dez/1975 - FONTE: CEI - Conselho Espírita Internacional.
(9) Idem

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Contatos Espirituais com Minha Mãe - Conselhos Espirituais - 15-09-11


 
Na madrugada do dia 15 de Setembro último, acordei envolto nos pensamentos da véspera. Havia me envolvido em energias negativas, de minha própria criação, e sofria as consequências em meu corpo perispiritual. Ao encontro, dúvidas e questionamentos pairavam sobre minhas reflexões, mesmo questionava minha tarefa espírita, minha opção pelo Espiritismo e o trabalho mediúnico.

E ao meu socorro, encontrei minha mãe, junto a minha cama nesta madrugada. Vinha ao encontro de meu sofrimento, tendo sentido minha tristeza e dúvidas. Relatei-lhe o que ela já sabia, e ela se emocionou e em gesto comum consolou-me afagando minha cabeça, dizendo que eu não deveria duvidar de minhas predisposições e convicções, pois só por elas era possível  estar comigo naquele momento.

Nosso encontro foi terno e feliz. Adormeci para acordar depois, mais fortalecido para enfrentar meus próprios fantasmas.

Deus seja Louvado!

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Contatos Espirituais com Minha Mãe - pedido de ajuda por minha irma - 12-09-11

 
Na manhã do dia 12 de Setembro deste ano, estava eu na cozinha separando algumas coisas que iria levar ao trabalho, frutas, livros, etc... quando minha mãe apareceu-me e disse-me: "estou preocupada com sua irmã". Respondi-lhe: Pode deixar, mãe, eu verei isto.

A noite, liguei para uma de minhas das irmãs, e de forma discreta perguntei-he como estava, e com andavam as coisas... ela me reportou que estava bem. Entendi que então deveria ser minha outra irmã... desliguei e quando ia fazer a nova ligação, o telefone se adiantou e tocou... Era justamente minha outra irmã, que dividiu comigo interpéries por que passava e não vislumbrava solução imediata, que conseguimos juntos amenizar pensando em uma solução.

Mais uma vez, o plano maior permitia o intercâmbio sagrado, e que os fatos por mim desconhecidos vinham fortalecer  a veracidade da mediunidade, que todos nós podemos oferecer ao mundo.