terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Da Rede Boa Nova: A relação entre o Espiritismo e a Música

Fonte: Site Rede Boa Nova
Durante séculos a arte é reconhecida como o veículo mais eficaz na realização da percepção humana, pois além de retratar o pensamento humano com ideias e ideais, ressalta os sentimentos que atuam de forma direta nas emoções, tanto naqueles que produzem, quanto daqueles que a admiram.
 
Segundo estudiosos, o maior objetivo da arte é o de estimular a consciência da sociedade para uma visão mais ampla e bela da vida, reconstruindo cultura, hábitos e povos, além de decorar o mundo com cores, harmonia, melodias, emoções e educação sentimental.
 
Na Revista Espírita de 1860, por Allan Kardec, edição de dezembro, encontramos a seguinte afirmação: “Quando dizemos que a Arte Espírita será uma arte nova, queremos dizer que as ideias e as crenças espíritas darão lugar às produções do gênio um cunho particular, como ocorreu com as ideias e crenças cristãs, e não que os assuntos cristãos caiam em descrédito; longe disso; mas, quando um campo está respingado, o ceifador vai colher alhures, e colherá abundantemente no campo do Espiritismo. Sim, repetimos, o Espiritismo abre para a arte um campo novo, imenso e ainda não explorado. E quando o artista trabalhar com convicção, como trabalharam os artistas cristãos, colherá nessa fonte as mais sublimes inspirações”.
 
A relação entre o Espiritismo e a Música, Leon Denis, no livro “Espiritismo na Arte”, afirma que "O canto e a música, em sua íntima união, podem produzir a mais alta impressão. Quando ela é sustentada por nobres palavras, a harmonia musical pode elevar as almas às regiões celestes. É o que se realiza com a música religiosa, com o canto sacro".
 
Música Espírita segundo os estudiosos desta filosofia é a definição das informações do espiritismo nas letras ou a inspiração nos acordes. A música em especial, destaca-se entre as ramificações da Arte Espírita por ser considerada pela espiritualidade a “voz de Deus” no mundo, conforme afirma o espírito Esteta no livro citado acima de Leon Denis.
 
Música e Educação
 
 
 
No livro “A Educação segundo o Espiritismo” de Dora Incontri, no capítulo ‘A Música na Educação’, em uma mensagem recebida no dia 09 de Dezembro de 1991, Mozart afirma que “Educação e Música, duas palavras que ressoam harmoniosamente juntas. Deixai que a música freqüente a alma desde cedo, tocando sutilmente as fibras divinas do ser e a moralidade e o amor brotarão mais facilmente nas vossas crianças. Ora, exatamente nas crianças que em vosso planeta ainda chegam experimentando a bênção do adormecimento”.
 
 
 
 
 
 
A Música e o Socorro Espiritual
 
  
 
No livro “Céu Azul” psicografado por Célia Xavier Camargo, o autor espiritual César Augusto Melero, no capítulo 34 – Despedida de Sheila, fala sobre a importância da Melodia. “Na Espiritualidade temos criações musicais belíssimas, diria até indescritíveis, pela falta de elementos similares aí na Terra. Nossos irmãos menos felizes, espíritos que vibram em esferas mais densas, sofredores e aflitos, rancorosos e vingativos, são incapazes de ouvi-las. Contudo, escutam as melodias que os companheiros encarnados cantam e, assim como estes, se deixam envolver por elas e se emocionam. Não raro, essas canções ajudam a modificar o teor vibratório de suas mentes, possibilitando o socorro da equipe espiritual”.
 
 
 
 
 A Relação entre as notas, cores e chacras
  
 
O livro “A cura pela música e pela cor”, de Mary Bassano, descreve sobre as várias composições musicais que podem elevar nossa consciência, além de esclarecer a relação entre as notas, as cores e os chacras. Segundo a autora, a cor vermelha está relacionada com o chacra básico e com a nota “do”; o laranja (a segunda cor) está relacionado com o chacra genésico, correspondente à nota “ré”; o amarelo se relaciona com o chacra gástrico e com a nota “mi”; o verde corresponde ao chacra cardíaco e à nota “fá”; o azul se relaciona com o chacra laríngeo, correspondente à nota “sol”; o índigo (azul marinho) corresponde ao chacra frontal e à nota “lá”; o violeta (a sétima cor) está relacionado ao chacra coronário, correspondente à nota “si”.
 
 
 
 
Kardec e a Música
 
 
Allan Kardec, o codificador da Doutrina Espírita apresenta dentro do contexto do Pentateuco, a importância da Música na renovação dos pensamentos para o crescimento intelecto/emocional do espírito que anseia melhorar-se.  
 
Em  ‘O Livro dos Espíritos’, livro II – capítulo VI – Vida Espírita, encontramos a pergunta número 251 que questiona: "Os Espíritos são sensíveis a Música? – A música tem para os espíritos encantos infinitos, em razão de suas qualidades muito desenvolvidas”.
 
Na obra ‘O Livro dos Médiuns’, segunda parte – capítulo XVI – parágrafo 190 Médiuns Especiais para os Efeitos Intelectuais – Aptidões Diversas, afirma que: “Médiuns Músicos: os que executam, compõem ou escrevem música sob a influência dos Espíritos. Há médiuns músicos mecânicos, semimecânicos, intuitivos e inspirados, como para as comunicações literárias”.
 
 
 
A boa música com temática espírita são canções que ajudam na reflexão e no processo criativo para o alcance de uma vida melhor, quando assimiladas e entendidas. Afirmam os estudiosos desta arte que estas são melodias que elucidam os espíritos sobre os vários temas já abordados tantas vezes pela oratória e pela literatura dentro e fora de uma entidade espírita.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Breve apontamento sobre a música mediúnica

Ainda no fim da infância, como já dito, ganhei o livro dos médiuns de presente. Sua leitura fazia de forma velada, e o tinha guardado numa prateleira, atrás de outros volumes menos polêmicos e mais apropriados, para não despertar problemas com minha família, protestante à época.

E é com saudosismo que me lembro da primeira tentativa de psicografar. No Tomo sobre Psicografia, Kardec era enfático: "O processo é dos mais simples: consiste unicamente em a pessoa tomar de um lápis e de papel e colocar-se na posição de quem escreve, sem qualquer outro preparativo." LIVRO DOS MÉDIUNS - CAP XVII - Da Formação dos Médiuns.

Assim, foram algumas noites que coloquei-me à disposição para a psicografia, na grande mesa da oficina de harpas de meu Pai, em horários avançados, sem que eles soubessem. Mas, ao primeiro tremor das mãos, o medo me assaltava como uma onda quente e pavorosa... Desisti neste ponto todas as vezes...

  Muitos anos mais tarde, começaram os contatos com os primeiros espíritos que realmente fizeram-se entender. Ali, me explicaram sobre minhas faculdades e orientaram-me sobre erros e acertos no desenvolvimento mediúnico. Falaram-me então da mistificação que àquelas primeiras tentativas havia desenvolvido em torno da mediunidade. Os Espíritos não pegariam minha mão, e sim ditariam, e assim o fizeram.

  Como aquela orientação me falou alto... Nunca havia me dado conta que os ouvia desde muito, e a imagem que fazia da psicografia me atrapalhava. Não deveria ter medo, eles falaram sempre comigo, era só registrar isto através de minhas mãos...

  Bem, o tempo passou e nestas épocas atuais novamente cometo o mesmo erro. Ao preparar-me para receber mediunicamente as músicas para a gravação de nosso CD,  postando-me na posição de tocar, aguardei a manifestação dos espíritos da forma ostensiva, fisica, como naqueles primeiros passos na psicografia ainda na infância. Evidentemente, as primeiras tentativas foram frustradas, e coloquei-me a refletir...

  Precisei de dois dias para entender que não seria daquela forma... Nosso mentor orientou-nos que os espíritos músicos ali estariam, mas conduziriam minha execução de forma sutil, quase sem intervenções mecânicas em minhas mãos, tocando as melodias aos meus ouvidos, as quais eu ora reproduziria, ora deixaria envolver-me pelas ondas mediúnicas.

  Assim, as primeiras melodias estão sendo registradas. Outras foram executadas nas apresentações que temos feito nos CEs.

  Mais um aprendizado tivemos, de lições pregressas, mas necessárias à nossa titubeante caminhada!