quarta-feira, 30 de maio de 2012

A Tabela do Espírito Catherine


 


O Espírito de Catherine tem me acompanhado há muito tempo, desde o aflorar de minhas faculdades mediúnicas aida na infância.

Nos momentos de caídas e dúvidas, que não foram nem são poucos, esteve presente e me ajudou a superar as dificuldades. Me ajuda a escrever e melhorar meu discurso, bem como me aconselha frente a este ou aquele caminho, sempre deixando a meu cargo a decisão final. Fazer Letras lhe foi motivo de grande alegria. É uma mãe, amiga e irmã.

Neste últimos tempos, queixei-me de tantos deslizes e faltas que tenho cometido, pensamentos menos elevados, maledicências que, apesar de ancorada em motivos, eu não deveria, como cristão, praticar; incorrências em erros próprios da natureza humana, animal, mas às vezes em grau excessivo.

Disse um dia desses a Catherine que queria melhorar como pessoa, que verdadeiramente queria seguir o caminho de Jesus e ser uma pessoa plenamente feliz, e ela então me propôs um método organizado.

Faria uma tabela, que funcionaria da seguinte forma:

Ao iniciar o dia, começaria assim:

- Cada ato que pratico e honestamente considero como algo de bom que faço a meu semelhante e à sociedade, eu ganho 1 ponto.
- Cada ato que pratico e honestamente considero como algo de mal que faço a meu semelhante e à sociedade, perco 1 ponto.

A meta: Terminar o dia com 10 pontos.

   Ah! Protamente manifestei-lhe que era um boa técnica, e que eu podia melhorar a partir dela... Catherine não comentou após isto, e fique com a informação, para por em prática.

   Dias após isto, fiquei com algumas dúvidas: Eu poderia somar mais pontos se algo ajudasse a mais de uma pessoa? Se passasse de 10 pontos positivos, poderia mudar a meta? Se eu não fizesse nada de bom, mas perdesse pontos por fazer algo mal, ficaria com saldo negativo?

   Bem, tudo isso corria em minha cabeça enquanto não coloquei em prática. 

   Foi só transpor a tabela para a realidade que vi que as coisas eram muito diferentes... Não conseguia sair do 1 !!! Mesmo nos dias que acordava disposto a melhorar, comecei a observar que meus defeitos pessoais já determinavam um número mais ou menos fixo de erros, e consegui incrivelmente fazer uma média. Pela manhã, eu cometia no minimo 3 ações que de alguma forma se enquadravam em perder 1 ponto. Num geral, eram do tipo: proferia alguma crítica que tinha sobre alguém ou alguma coisa para alguém, ou supunha algo de mal em alguma pessoa, um conhecido, um artista, o presidente, enfim, e comunicava ou não. Havia todas as outras, de outra natureza, nos pensamentos, uma infinidade, no correr do dia.
  
  Percebi que eram erros recorrentes por já fazerem parte de meu comportamento, e aos poucos eu descobria os reais intentos da referida tabela: eu nunca chegaria aos 5 pontos deste jeito, e ainda mais aos 10!

  Catherine logo percebeu minhas dúvidas e me visitou outro dia: Os erros dos dias anteriores ficariam lá juntamente com seus pontos, mas eu deveria tentar desfazê-los, praticando o contrário do que fiz. Quanto a passar dos 10 pontos, ela não falou nada, mas imagino que notando minha ainda pobre constituição moral (que já supunha aumentar a meta dos 10!), alcançar este número é uma preocupação posterior.

  Por fim, fiquei com minha tabela e meus pontos... Mas devo dizer que se a tabela, ao computá-los, põem meus erros sob minhas vistas e pouco a pouco consigo terminar o dia com saldo zero, as vezes alcançando 1 !!!  Já é uma vitória, pequena, do meu bem contra meu próprio mal.

Abraços fraternais!

Rogério


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