sexta-feira, 11 de novembro de 2011

A grande lição dos gatos

    Há alguns meses que, por orientação dos espíritos amigos, estamos preparando trabalho de música mediúnica. A partir dele, iremos fazer os roteiros tão sonhados da divulgação da doutrina, e muito ainda aprenderemos nas lições que desde já estarão preparadas por nossos trajetos em breve futuro.


 No entanto, o quando não sabemos das coisas? Quando achamso que algo está aqui, está ali, ou acolá. Quando achamos que estamos preparados para subir aquela escada, somos surpreendidos tropeçando no plano... A arrogância, que por vezes disfarçamos com a representação de evoluidos, ainda transborda de nosso pote... Ser humilde seria um grande passo, ainda no plano, mas já o seria.

  E dentro dessas perspectivas do trabalho mediúnico que tanto ansiamos, o plano maior preparou-nos experiência ímpar, para nos depararmos com e trabalharmos nossas imperfeições. Todavia, os fatos foram precedidos de pequenos acontecimentos que de pronto não foram relacionados.

 Num dia qualquer, "tive" a idéia de mudar do meu quarto para a sala, e deixá-lo vazio. Fiz então minha sala de quarto (moro sozinho) e deixei o quarto completamente vazio... Bem, estranho? Eu não achei, e tanto que fechei a porta do quarto e o deixei lá vazio... Confesso que teve um dia que refleti: Nossa! Tenho uma casa que deixo um cômodo completamente vazio? Mas enfim, ficou assim. Nào sabia que os futuros moradores estavam sendo preparados, e minha lição também...

 O Segundo fato é que numa conversa com um amigo, em dia desde mês de Outubro, reafirmei um paradgima antigo, e esbravejei: "Definitivamente, eu não gosto de gatos! Não os acho carinhosos e, pra ser sincero, não vejo graça, não me apego..."

 Pronto! estava tudo lancado no ar, e não foi mal merecido que na noite do dia 28 de Outubro último, ao chegar em casa, encontrei em meu quintal cinco gatinhos recem-nascidos, abandonados nuca caixa!

Meu Deus! O que fiz? O quarto estava lá, os moradores também, então não tive como, com certo contragosto, não recolhê-los. Minha sogra tem 7 gatos, e naquela hora da noite me ajudaram no que deveria fazer. Comprei leite, conta-gotas, e lá fui arrumar a caminha pra eles. Assim, na manhã do dia 29 estávamos lá eu e os cinco gatos e... Ah, faltou relacionar o agravante! Não moro sozinho. Moramos eu e o Mickey! Um rato? Não, um cachorro, e historicamente nada amistoso com gatos! Bem, agora era só aguardar os acontecimentos...


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Estava cuidando deles. Aos poucos indo lá fazer um carinho, limpando... E reparava algo inusitado para mim até então: apesar de parecer de longe, não eram todos iguais! Nossa! Gatos são diferentes! Uns miavam meio assim, outros meio assado, e outros nem miavam, mais pareciam uivar! Uns tinham os olhos meio afastados, outros o nariz meio assim, e uns olhavam pra mim como se eu fosse a mãe, para outros que nem ligavam pra mim...

Reparar isso já foi um progresso, mas outros estavam na grande fila.

Uns dias depois, cheguei no quarto e todos saíram da caixinha, menos um. Estava morto! Aquilo foi algo esquisito. Um sentimento de espanto, pois até aquele momento não havia passado por minha cabeça aquela possibilidade. Eles poderiam morrer, pois eram pequenininhos, e eu não conseguiria dispensar tudo que a mamãe gata poderia.

Após retirar este gatinho dali, começou... Ficava indo ao quarto a todo momento, observando, brincando com eles, tirando fotos, dando comida. Fui a PetShop e comprei coisas, brinquedos, e tal... Dei nome aos gatinhos, olhem só! E apesar do anúncio no Facebook para doação, preparei a estrutura da casa caso tivesse que ficar com eles. Coloquei portõezinhos e grades para o cachorro não ter acesso direto, e comecei a levantar as 6 da manhã para cuidar deles antes do trabalho.

Aí, num outro dia, apareceu um "adotador"... Quando ele entrou no quarto, um gato correu e grudou no colo dele. Era um sinal, mais uma lição para mim, e os dois se foram felizes!

Nas contas, ficaram três.

No outro dia, um deles não queria sair muito da caminha, o menorzinho. Fiz um alvoroço! Fui pesquisar, dei leite na cama, fiz carinho, mas nada invertia aquela apatia...
No outro dia, ao chegar do trabalho, fui ao banheiro, e para meu espanto entrou lá um gatinho a me procurar, mas logo percebi ser evento mediúnico... fui ao quarto que eles ficavam trancados e ele já tinha feito a passagem. Aí, as coisas tinham mudado, e eu liguei aos prantos para minha noiva: chorava como uma criança, e sentia como se um parente tivesse partido. Ela me disse: Estou surpresa! Se a missão deles é essa, fazer você gostar de gatos, eles estão desempenhando bem!


Foi difícil. Agora havia dois, o Bilu e a Tetéia, hehehe...

Mas como agora ficará mais difícil ainda, serei forçado a abreviar, para não chorar.

A Tetéia era linda, e gostava muito de mim. Ela não conseguia como seu irmão subir minha perna até o colo, e ficava olhando pra mim com seus olhos tristes, até que eu pusesse ela no colo. Já era um sinal de sua estrutura física. Ela gostava do cachorro e ele, estranhamente, também começou a partilhar este amor. Os quatro, estávamos uma família completamente feliz. Não mais cogitava doá-los.

Mas a Tetéia tinha a sublime missão final.

O Sofrimento da Tetéia foi relativamente lento, e juro que sofri cada minuto ao lado dela, mesmo quando estava no trabalho. Começou a desidratar devido a problemas na digestão, e foi como acompanhar um paciente num hospital. Liguei para as pessoas, pesquisei, mas me falavam: ela não está "vingando", não há que fazer... Fiquei ali, de noite, dando agua, soro, leite, colo... Mas não houve saída. Dei passes, e pedi então a Deus para ela partir então, e Deus a levou... Posso dizer que amei bastante a Tetéia, como a todos eles.

E ficou então o Bilu, que por não conseguir ficar sozinho das 8h as 22hrs (porque será?), teve que ser adotado para ter mais companhia, não sem minha tristeza, mas era diferente, sabendo que ele ganharia um lar com muito amor e mais atenção.

Creio que, neste caso, a emenda fala pelo soneto. Se era, cumpriram plenamente a missão!

Obrigado Deus, por esta lição ao imperfeito e inacabado servo!

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